São Paulo, quarta-feira, 17 de maio de 1995 |
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'Aluno precisa estudar mais'
LUCIA REGGIANI
``Nossos alunos estudam muito pouco. É preciso estudar mais", avalia Tania Maria Mendonça Campos, 48, diretora do Centro de Ciências Exatas e Tecnologia da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo. Formadora de professores de matemática, Tania Campos diz que não se pode ignorar a presença da tecnologia no cotidiano das crianças. Para ela, o professor que não usar os novos recursos não conseguirá motivar o aluno. Tecnologia tem o seu valor, mas não é fundamental. A opinião é de Osvaldo Sangiorgi, 70, professor titular de cibernética da Escola de Comunicação e Artes da USP (Universidade de São Paulo). Autor de incontáveis livros de matemática, Sangiorgi rejeita os programas que transformam o aluno em um mero usuário. ``O bom é aquele que ajuda a pensar. Não adianta ser uma disneylândia pedagógica e formar uma criatura menos competente para o raciocício." O fundamento da matemática, ensina Sangiorgi, é estabelecer relações entre as coisas. Se o programa promover o exercício mental, pode contar com o seu apoio. ``Tem muita coisinha de primário que atrasa a criança", alerta. Ivo Friedembach, 37, coordenador do colégio Bandeirantes, ressalta que é preciso saber usar os programas. Friedembach reforça a necessidade do estudo da geometria para o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático e a visão espacial. ``Ter estudado geometria vai fazer muita diferença para o aluno mais lá na frente, mesmo que ele acabe fazendo letras", opina. Para ele, o trabalho do professor hoje é ensinar o aluno a selecionar a informação relevante. (LR) Texto Anterior: CONHEÇA ALGUNS PROGRAMAS DE MATEMÁTICA Próximo Texto: 'Power Point' e 'Cabri' fazem aula-show Índice |
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