São Paulo, sexta-feira, 19 de maio de 1995 |
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PF desmonta quadrilha ligada à máfia italiana
RONI LIMA
A ação foi deslanchada a partir da prisão no Rio, em 23 de março, do italiano Nizzola Francesco, 33, que morava em São Paulo e é foragido da Justiça italiana. Na sequência, foram presos no Rio o colombiano Omar Dilberto Montana, 44, com 63,2 kg de cocaína, e o brasileiro Ricardo Reis Filho, 49. O superintendente da PF no Rio, Eleutério Ferreira Parracho, disse que Francesco é do núcleo da máfia italiana da cidade de Milão. No Brasil, usava o nome falso Gian Francisco Bozzi Neto. Parracho disse que espera efetuar novas prisões em breve. ``Mostramos o envolvimento da máfia italiana com o tráfico de drogas e armas e a lavagem de dinheiro", afirmou. Montana, segundo ele, transformava em pó puro a pasta de cocaína comprada por Francesco junto a traficantes da Colômbia e da Bolívia. A cocaína era então exportada para os EUA e Europa (Espanha e Itália), por via aérea e marítima. Segundo Parracho, de 10% a 20% da cocaína ficavam no Brasil, sendo vendidas em várias cidades, como Rio, São Paulo e Recife. No Rio, a droga seria distribuída por Reis Filho e abasteceria, entre outros, os traficantes conhecidos como "Uê (Ernaldo Pinto de Medeiros) e "Miltinho. Parracho calculou que, somente nos últimos dois anos, o colombiano Montana processou cerca de quatro toneladas de cocaína. O dinheiro arrecadado com o tráfico era então, segundo a PF, enviado ao Uruguai e Panamá, onde passava por processo de ``legalização" junto a alguns bancos. Dali, seguia para Miami (EUA), sendo utilizado para a compra de armamento. Parte das armas, segundo a PF, chegava ao Brasil para ser vendida a traficantes. Texto Anterior: Meninos são acusados de crime Próximo Texto: Policiais militares matam 2 em favela Índice |
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