São Paulo, sexta-feira, 19 de maio de 1995 |
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Depósitos crescem com reeleição de Menem
SÔNIA MOSSRI
Mesmo assim, os argentinos estão cautelosos e desconfiados em relação ao sistema financeiro. Os novos depósitos estão concentrados em 15 grandes bancos de primeira linha, instituições com crédito garantido e confiabilidade no mercado. Isso ocorre porque o ministro da Economia, Domingo Cavallo, ainda não definiu como será o reordenamento do sistema bancário. Atualmente, 40 bancos funcionam apesar da situação de insolvência -incapacidade de pagar os compromissos em dia. Essas instituições impõem limites de saques aos correntistas. Cavallo reuniu-se ontem com representantes da Abra (Associação de Bancos Estrangeiros) e da Adeba (Associação de Bancos Argentinos) para tentar definir um novo seguro para depósitos. Antes das eleições, foi instituído um seguro para depósitos de até US$ 10 mil. Agora, Cavallo pretende criar o Sedesa (Seguro de Depósitos S/A), que administraria fundos dos bancos para segurar mais amplamente os depósitos. O secretário de Bancos, Roque Maccarone, negocia com banqueiros propostas que implicariam em aportes de 0,3% a 0,6% do total de depósitos de cada instituição. Aposentados A Corte Suprema argentina decidiu ontem que as ações trabalhistas não podem ser corrigidas pela inflação e que o governo pode pagar débitos de de aposentados com bônus do Tesouro Nacional. Cavallo é o mais beneficiado com a decisão. Mais de 100 mil aposentados, de um total de 3,5 milhões, entraram na Justiça para reivindicar aumento das pensões. Agora, Cavallo tem amparo legal para pagar débitos junto aos aposentados, decorrentes de sentenças judiciais, com bônus. A estimativa do Ministério da Economia é que mais de US$ 4 bilhões em demandas judiciais de aposentados deverão ser pagas com bônus nos próximos dois anos. Texto Anterior: Taxa de inflação recua para 2,23% em SP Próximo Texto: Tesouro lança bônus no mercado japonês Índice |
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