São Paulo, sábado, 20 de maio de 1995
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Governo descarta negociação de reajuste

WILLIAM FRANÇA; FÁBIO GUIBU
ENVIADO ESPECIAL A RECIFE

FÁBIO GUIBU
O ministro Raimundo Brito (Minas e Energia) disse ontem que o governo não vai aceitar conversar sobre cláusulas econômicas com os petroleiros, inclusive reivindicações salariais.
``Eles já discutiram estes pedidos no TST (Tribunal Superior do Trabalho) e foram julgados improcedentes", afirmou.
``Assuntos julgados pelo TST não podem mais ser objetos de negociação. Cumprem-se", concluiu o ministro. Brito reafirmou que o governo, através da Petrobrás, só tratará de qualquer assunto com os petroleiros quando eles retornarem ao trabalho.
Para ele, ``o governo está agindo não apenas com firmeza, mas com equilíbrio".
Questionado sobre a ameaça de falta de produtos derivados de petróleo, o ministro demonstrou confiança no que tem feito até agora: ``A população está vendo que o governo tem agido com firmeza".
Ontem, um grupo de petroleiros participou da manifestação promovida pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) em Recife. O ministro e o presidente Fernando Henrique Cardoso não tiveram contato com eles.
``Nada se faz sem respeitar a lei e a democracia, senão em benefício dos poucos que manipulam o poder. Vimos muito bem isto no passado, nós que já passamos por isto", afirmou o presidente.
A Petrobrás informou ontem, em nota oficial, que não irá pagar os dias parados dos petroleiros em greve. Segundo a empresa, sua intenção com com essa informação era esclarecer ``notícias contraditórias" que vinham circulando sobre o assunto.
A estatal informou que 72% dos seus 47,5 mil empregados estão trabalhando.

Colaborou a Sucursal do Rio

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