São Paulo, domingo, 21 de maio de 1995 |
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Petroleiros esperam novo contato com o governo SHIRKEY EMERICK SHIRLEY EMERICK
A diretora da FUP (Federação Única dos Petroleiros), Luíza Botelho, disse que o senador Arthur da Távola (PSDB-RJ) ficou de marcar uma reunião com o ministro Paulo Paiva (Trabalho). "Estamos esperando para discutir nossa pauta", afirmou. Os grevistas reivindicam reajuste das faixas salariais (de 12% a 18%) e reposição de perdas (26%) de setembro de 94 a abril de 95. Arthur da Távola foi escolhido pale partido para intermediar as negociações com os grevistas. O presidente Fernando Henrique Cardoso, no entanto, já afirmou que qualquer negociação será feita diretamente pela Petrobrás. Ontem, a FUP informou que os trabalhadores da Refinaria Alberto Pasqualini (RS) abandonaram o local. Eles participavam da greve, mas mantinham a produção mínima para abastecer as cidades da região. A Petrobrás não comentou o assunto. A empresa vem divulgando desde sexta-feira que cerca de 72% dos funcionários em todo o país estão em atividade. "A greve continua com um forte nível de adesão", disse Luíza Botelho. A FUP estima que 90% dos petroleiros do país permanecem em greve. O senador José Fogaça (PMDB-RS) disse que a comissão de parlamentares não vai mais intervir no impasse. Na quinta-feira, FHC recebeu deputados e senadores que pediam a reabertura das negociações. No mesmo dia, o presidente sinalizou com um pequeno recuo e disse que a Petrobrás poderia rever demissões e pagamento dos dias parados caso os grevistas voltassem ao trabalho. A empresa vem divulgando que manterá as demissões e o desconto dos dias não-trabalhados. A direção da estatal alega estar cumprindo decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho). O tribunal julgou a greve ilegal, autorizou as demissões e determinou o desconto dos dias parados. Colaborou a Redação Texto Anterior: Para Lula, crítica ao PT é "irresponsável" Próximo Texto: Suicídios crescem em reservas indígenas Índice |
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