São Paulo, domingo, 21 de maio de 1995
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Entenda o caso dos petroleiros

ESPECIAL PARA FOLHA

Os petroleiros entraram em greve no dia 3 de maio. O objetivo era levar a Petrobrás a cumprir um acordo (leia texto ao lado) firmado em novembro de 94 e até agora não executado.
Em 9 de maio, o Tribunal Superior do Trabalho (TST), por 11 votos a um, declarou a greve abusiva. Para o TST, os trabalhadores não atenderam aos requisitos legais de convocação (quorum em assembléias) e, como se trata de paralisação de serviço essencial, não mantiveram a produção mínima para garantir o abastecimento.
O tribunal determinou o desconto dos dias parados e a volta ao trabalho até às 12 h do dia seguinte (10 de maio). Após este prazo, cada dia de greve custaria R$ 100 mil de multa a cada sindicato.
Por nove votos a três, o TST considerou nulo o acordo assinado pelo governo no ano passado.
Os petroleiros não acataram a decisão do tribunal, e resolveram manter a greve. Na quarta-feira (17 de maio), a categoria entrou com recurso no próprio TST pedindo a revisão da decisão.
Na quinta-feira, o governo acenou com a possibilidade de negociar as demissões e o corte dos dias parados, desde que os petroleiros voltem ao trabalho. Negociações sobre as reivindicações salariais foram descartadas.

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