São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Notas

SÍLVIO LANCELLOTTI

Na sua coluna de terça-feira, o mister Matinas pediu e eu, atleta obediente, faço o paralelismo possível entre Arrigo Sacchi, ex-treinador do Milan e ainda técnico da seleção italiana, e Marcello Lippi, treinador da Juve. Numa palavra, sinto muito: nenhum.

Tratam-se de vinhos de cepas diferentes. Apesar de suas peculiaridades de caráter, muitas vezes cruel e vingativo, Sacchi é um produto robusto e amadurecido. Lippi, embora amigo de seus jogadores, ainda precisa de bastante tempo de adega para chegar ao ponto.

Nos números de seu currículo, Sacchi derrota Lippi de maneira absoluta e devastadora. Além disso, montou um Milan excepcional, invicto por quase dois anos. Soube contratar os melhores estrangeiros em disponibilidade -os holandeses Frank Rijkaard (volante), Ruud Gullit (meia/atacante) e Marco Van Basten (atacante).

Além disso, e, principalmente, liderou a modernização do ``calcio" na Bota com a sua insistência na defesa por zona depois de décadas de ``catenaccio". Quanto a Lippi, apenas pode-se tornar campeão com o seu primeiro clube grande. Ainda é pouco.

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