São Paulo, domingo, 21 de maio de 1995 |
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Festa só começa de madrugada no Hell's `After hours' funciona das 4h às 11h GUTO BARRA
O Hell's, que completa um ano no próximo mês, é uma cópia fiel dos clubes ``after hours" (algo como ``depois do horário convencional") dos EUA e Europa. Em cidades como Londres e Nova York, devido à proibição da venda de bebidas alcoólicas depois de determinado horário, a maioria dos clubes fecha suas portas às 2h ou às 4h. Assim, surgiram as festas de madrugada em suas versões legais -sem venda de álcool- e ilegais -com associados vips, com bebidas e drogas variadas. Em NY, o mais famoso ``after hours é o Sound Factory, que reinou absoluto por cinco anos e agora fecha temporariamente suas portas. Funciona somente aos sábados e tem nas picapes o top DJ Junior Vasquez. O Hell's começou a fazer sucesso com o público que saía de outros clubes. Poucos meses depois se consagrou como o grande programa das noites de sábado. Hoje, cerca de 400 pessoas passam por lá a cada noite. O mérito do clube é ter se consagrado com uma fórmula simples: a casa atrai seu público apenas com o horário, a escuridão, a fumaça e a música tecno radical -sem vocais. A cada semana há uma atração diferente, como engolidores de fogo, dançarinos e percussionistas. Raramente chegam a chamar a atenção do público quando entram no palco -em geral depois das 7h. Nos últimos meses a frequência mudou um pouco. ``No ano passado tínhamos um público basicamente clubber, agora é muito mais misturado e menos gay", conta Pil, promoter do clube. Hoje o público do Hell's é formado em sua maioria por pessoas que saem de casa depois de 4h30 para ir dançar. Essa mistura é o que consolidou a personalidade do Hell's e provavelmente o motivo pelo qual ainda não apareceu nenhum concorrente. É uma das poucas pistas da cidade em que se tem a impressão de que aquelas pessoas só podem ser vistas ali. Texto Anterior: Matinê vira remédio contra o marasmo Próximo Texto: 'Chapeuzinho' em pele de lobo não convence Índice |
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