São Paulo, domingo, 21 de maio de 1995
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Coluna de Jimmy Carter será bimensal

DA REDAÇÃO

A Folha publica a partir desta edição, com exclusividade no Brasil, coluna bimensal do ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, 70.
Carter foi presidente dos EUA de 1977 a 1981. Em dezembro do ano passado, Carter voltou à cena política quando foi à Bósnia tentar interromper a guerra na ex-Iugoslávia. Participou também de negociações na Coréia do Norte.
No início deste ano, foi enviado ao Haiti para conduzir as negociações que levaram de volta ao poder o presidente Jean-Bertrand Aristide. A operação evitou a intervenção militar norte-americana.
Carter foi o último presidente do Partido Democrata antes de Bill Clinton. Após seu governo, seguiram-se 12 anos de republicanos (oito de Ronald Reagan e quatro de George Bush). Carter apoiou Clinton nas eleições.
Em 1982, Carter fundou o Carter Center, com sede em Atlanta, na Geórgia (sudeste dos EUA). A fundação desenvolve projetos de cunho humanitário em 30 países. Sua iniciativa mais bem-sucedida é um projeto de saúde na África. Carter visita o continente pelo menos uma vez por ano.
James Earl Carter Jr. nasceu em Plains, Estado da Geórgia, em 1º de outubro de 1924. Após um período na Marinha, passou a se dedicar a sua fazenda, onde o principal cultivo era o de amendoim. Foi eleito governador da Geórgia em 1970. Em 1976, disputou a eleição contra o republicano Gerald Ford. Seu governo foi marcado pelo clima da Guerra Fria (tensão derivada da disputa ideológica entre os EUA e então URSS). Enquanto era presidente, o líder soviético era Leonid Brejnev, considerado da ``linha-dura" do Partido Comunista. Data desta época (1979), por exemplo, a ocupação soviética no Afeganistão.
Carter perdeu a eleição de 1980 para Ronald Reagan. Além de fundar o instituto que leva seu nome, após a derrota eleitoral se dedicou a dar aulas em uma universidade da Geórgia e à Igreja Batista de sua cidade, onde é diácono (grau inferior ao de sacerdote).
Ele é autor de nove livros, entre os quais uma precoce autobiografia (``Why not the Best?", ``Por que não o Melhor?", 1975), lançada às vésperas da campanha eleitoral, e suas memórias do tempo em que esteve no governo. No ano passado, lançou um livro de poesia (``Always a Reckoning", ``Sempre uma Opinião").

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