São Paulo, segunda-feira, 22 de maio de 1995
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Pedra ficará no 'Memorial FHC'

Assessor monta um `museu de tudo'

XICO SÁ
ENVIADO ESPECIAL A CAMPINA GRANDE

Preocupados em preservar a memória do governo Fernando Henrique Cardoso, os assessores do Palácio do Planalto guardaram uma das pedras que atingiram o ônibus presidencial na visita ao Nordeste.
O objeto foi recolhido sexta-feira pelo secretário particular de FHC, Francisco Graziano, em Campina Grande (PB).
Com zelo, a pedra foi posta em uma mala e transportada, tal qual um documento precioso, para o Distrito Federal.
Graziano está montando o ``Memorial FHC", com objetos, papéis e videoteipes, para contar a história do mandato.
Segundo os assessores, será uma espécie de ``museu de tudo" (título de um livro do poeta João Cabral de Melo Neto) da gestão do tucano.
A pedra paraibana foi arremessada por manifestantes contrários às reformas constitucionais, principal projeto do governo federal no momento.
Por este motivo, os auxiliares da Presidência acham que ela já ganhou uma importância ``simbólica" na trajetória de FHC.
A pedra, de acordo com a sociologia tucana, representaria o atraso dos ``reacionários", como o presidente definiu, na Paraíba, os manifestantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores).
O objeto que vai para o acervo chegou a quebrar uma das janelas do ônibus no qual FHC era passageiro, no caminho entre o centro de Campina Grande e o Aeroporto da cidade.

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