São Paulo, segunda-feira, 22 de maio de 1995
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Situação pode piorar amanhã

DA REPORTAGEM LOCAL; DAS REGIONAIS

O abastecimento de combustíveis pode chegar a uma situação crítica amanhã na cidade de São Paulo. Se for mantido o racionamento iniciado pelas distribuidoras na quarta-feira, a maior parte dos postos não terá nada para vender.
Para ter produto à venda hoje, muitos postos -que normalmente trabalham aos domingos- fecharam ontem. Resultado: os que abriram dobraram o movimento.
Com o aumento da demanda, muitos postos já não tinham algum combustível ontem ao final da tarde. De nove postos pesquisados pela Folha, cinco tinham gasolina e álcool, enquanto quatro tinham apenas um desses combustíveis.
Segundo José Alberto Paiva Gouveia, presidente da Associação Paulista dos Postos Revendedores, muitos postos fecharam ontem para poder abastecer, hoje pela manhã, veículos de empresas que são grandes clientes.
Gouveia disse que não tinha conhecimento de falta de gás para veículos e motores (GMV) nos postos que vendem o produto (cerca de 20 na capital).
O que está ocorrendo não é falta do produto, mas de pouca pressão na linha de fornecimento, disse. Assim, o abastecimento de um carro, que normalmente demora cerca de seis minutos, está demorando quase 20 minutos.
Um em cada três postos de combustíveis do ABCD estava fechado ontem por falta de combustível, segundo Gilberto Marson, diretor regional do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados.
A estimativa de Marson é de que somente 180 dos 300 postos de combustíveis da região funcionem hoje, mesmo assim com falta de algum produto.
Os postos de São José dos Campos e região pediram reforço de até 40% nas cotas desta semana para atender o aumento da procura e tentar evitar o desabastecimento.

Colaboraram os Regionais.

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