São Paulo, segunda-feira, 22 de maio de 1995
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Equipe destaca volta de Rivaldo à armação

DA REPORTAGEM LOCAL

Na sua primeira partida sem o treinador Valdir Espinosa, o Palmeiras conseguiu o que não conseguia havia mais de um mês.
Sob o comando do técnico interino, Márcio Araújo, a equipe mostrou determinação, fez três gols numa única partida e voltou a vencer, após três empates e três derrotas no Paulista.
``Conseguimos reverter a situação psicológica dos jogadores e dar tranquilidade ao time. Isso era o mais importante", disse Araújo.
Técnico e jogadores ressaltaram a importância da volta de Rivaldo ao meio-campo. Com Espinosa, ele costumava atuar no ataque.
Foi a principal alteração em relação ao esquema anterior.
``Ele executou muito bem a função de ligar o meio-campo ao ataque", afirmou Araújo.
Desse modo, o Palmeiras atuou num esquema parecido com o que Zagallo quer implantar na seleção brasileira, o 4-3-1-2 (quatro defensores, três meio-campistas, um jogador de ligação e dois atacantes).
``Fico mais a vontade jogando por ali, armando as jogadas", disse o próprio Rivaldo.
Com o trio de volantes (Amaral, Mancuso e Flávio Conceição) cuidando da marcação, Rivaldo transitava livremente pelo meio.
Outra novidade de Araújo, que deu certo, foi o retorno ao time do lateral-direito Índio, que estava afastado devido a más atuações.
O treinador manteve, porém, uma das inovações de Espinosa: as avançadas do zagueiro Antônio Carlos, que conduziu os contra-ataques. Foi ele quem deu o passe para o terceiro gol palmeirense.
Apesar de ter vencido o duelo dos ``estagiários", Araújo e o técnico corintiano Eduardo Amorim podem ter o mesmo destino esta semana: serem substituídos.
``Tinha acordo com a diretoria para dirigir o time até o jogo com o Corinthians, independente do resultado. Espero agora a chegada do novo técnico", disse Araújo.
Ele não acredita que possa ser efetivado no cargo. Pelo menos, não agora. ``O que é meu vai vir para mim no momento oportuno, desde que eu siga desejando, tendo objetivo e sonhando", afirmou Araújo, que, além de treinador, é pastor evangélico.

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