São Paulo, segunda-feira, 22 de maio de 1995 |
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Jovem chinês gosta de Rambo e Jackson Namoro começa mais tarde entre os teens chineses JAIME SPITZCOVSKY
Eles estudaram e cresceram nas décadas de 60 e 70, quando a China dificultava o contato com culturas estrangeiras. O país se isolava com medo de supostos inimigos externos. Xiao Yi, por enquanto, não quer saber de complicações históricas. Está mais preocupado com os computadores: ele cursa o primeiro ano de uma escola técnica (profissionalizante) especializada em informática. Duas ou três vezes por semana, depois da aula, Xiao Yi vai ao fliperama. As máquinas vieram do Japão e seu jogo predileto é o futebol. ``Gasto umas cinco ou seis fichas e cada uma custa 0,5 yuans (US$ 0,06)", conta ele. No pingue-pongue, Xiao Yi bate seus próprios recordes. Ele já ficou jogando quatro horas seguidas, sem intervalo. ``Mas só posso fazer isso aos sábados ou domingos", afirma. Segundo Xiao Yi, o interesse pela informática e jogos eletrônicos veio pelo estímulo do pai, que é engenheiro. ``Ele sempre me ajuda na hora de fazer a lição de casa", conta. Para relaxar, depois de trabalhar com o computador em casa, Xiao Yi também recorre à leitura. Ele gosta de mergulhar nas novelas de kungfu, um tipo de luta oriental. Xiao Yi não tem namorada. ``Na minha classe ninguém namora ainda", diz. ``Acho muito cedo, mas pelo que ouvi dizer, em outros países isso começa mais cedo. O Brasil é assim?", pergunta ele. Texto Anterior: Saiba quem foi Paulo Emilio Próximo Texto: Governo chinês tem revista para adolescentes Índice |
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