São Paulo, terça-feira, 23 de maio de 1995
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Metalúrgicos e telefônicos fazem paralisação de apoio

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

A partir de hoje outras categorias profissionais da base da CUT começam a realizar greves de uma ou duas horas em apoio à paralisação dos petroleiros, que entra no seu 21º dia.
Os metalúrgicos do ABCD saem na frente e devem parar hoje por cerca de uma hora cada um dos turnos da Ford. Na quarta-feira será a vez da Volkswagen, na quinta, da Mercedes-Benz e na sexta, empresas de autopeças, inclusive da Cofap.
``Queremos discutir com nossa categoria a postura intransigente do governo, que se nega a negociar um acordo já assinado com os petroleiros", disse Carlos Alberto Grana, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD.
Grana não descartou a possibilidade de uma continuação ou até ampliação do movimento grevista no ABCD caso a situação dos petroleiros não seja solucionada até o final de semana.
Segundo ele, bancários, químicos e condutores do ABCD já estão participando de reuniões com os metalúrgicos e podem organizar paralisações semelhantes.
No Rio de Janeiro já está definido que, a partir de amanhã, urbanitários -trabalhadores dos setores de água, esgoto e luz-, telefônicos e metalúrgicos também vão realizar greves de até duas horas.
``Se o governo não sentar para negociar com os petroleiros, vão acabar acontecendo paralisações ainda maiores", ameaçou Francisco Izidoro, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Rio de Janeiro.
``O futuro desses movimentos, assim como da greve dos petroleiros, só depende do governo", afirmou o secretário-geral da CUT, João Vaccari Neto. Por enquanto, a estratégia da central é espalhar as pequenas paralisações de apoio por todo o país.

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