São Paulo, terça-feira, 23 de maio de 1995![]() |
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Governo está dividido sobre paralisação, diz CUT
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Essa é a opinião do presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, e do secretário-geral da central, João Vaccari Neto. Segundo eles, há duas posições distintas em conflito. A primeira, dos setores políticos ligados à direção da Petrobrás, que não aceitam negociar com a categoria enquanto a greve continuar. Essa primeira corrente, segundo os dirigentes da CUT, alega que o Tribunal Superior do Trabalho julgou a paralisação ilegal e por isso só vai discutir as reivindicações dos petroleiros quando eles voltarem ao trabalho. Na realidade, segundo Vicentinho, defendem a política do ``quanto pior, melhor". Querem, diz ele, que a greve continue para que a população se volte contra os petroleiros. Com isso, ganhariam mais apoio à quebra do monopólio do petróleo. ``O Joel Mendes Rennó, presidente da Petrobrás, é um causador de conflitos", disse Vicentinho. Para Vaccari, é essa posição política que está conseguindo, até agora, dominar a disputa interna, ainda não resolvida. Segundo Vaccari, o próprio presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, quer negociar com os petroleiros já, assim como a maior parte do PSDB. ``A posição do presidente da Petrobrás está se mostrando mais forte do que a do próprio presidente da República", disse Vaccari. Vicentinho negou que a greve dos petroleiros seja política. ``Se as reivindicações econômicas forem atendidas, os petroleiros voltam ao trabalho. Queremos resolver o impasse, mas o governo não está deixando." Texto Anterior: Itamar não assinou documento do acordo Próximo Texto: Partido só acredita em acordo no tribunal Índice |
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