São Paulo, terça-feira, 23 de maio de 1995
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PT critica agressões ao presidente

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A liderança do PT na Câmara divulgou ontem nota repudiando as ``agressões físicas" contra o presidente Fernando Henrique Cardoso e também as ``agressões políticas" ao PT.
É uma resposta ao porta-voz da Presidência, Sérgio Amaral. Segundo ele, quem apedrejou o ônibus de FHC portava bandeiras do PT e da CUT.
``Se as pedras contra o presidente não constroem a democracia, a tentativa leviana de jogar sobre o PT a responsabilidade pelos incidentes ajudam muito menos", afirma a nota.
Segundo o texto, ``o PT, que tem apoiado manifestações contra a reforma da Constituição, não tem responsabilidade pelas agressões contra o presidente".
A nota diz que ``a responsabilidade pelas agressões devem ser apuradas pela Polícia Federal antes que o porta-voz se apresse em culpar o partido".
``É leviandade jogar isso em cima de uma instituição de 15 anos como o PT", completou Wagner. Na nota, o partido reitera o apoio à greve dos petroleiros. ``Tão ruim quanto as pedras é não negociar com os trabalhadores", afirmou Wagner.
Ontem, o Gabinete Militar da Presidência -responsável pela segurança de FHC- anunciou que alterará os esquemas de sua proteção a partir de sexta-feira, quando ele visitará Apucarana (PR).
As medidas, já antecipadas pela Folha no sábado, são: emprego de tropas mais especializadas, como polícias de choque; restrição a carros de som e ao acesso de manifestantes às áreas onde estará FHC; interdição de localidades, inclusive para moradores; e uso de filmadoras para posterior identificação e prisão de agressores.
A alteração foi anunciada ontem pelo general Alberto Cardoso, chefe do Gabinete Militar. ``Essas medidas vêm acompanhando, infelizmente, a escalada de violência de alguns manifestantes que, se têm reduzido em número, têm aumentado em agressividade", disse.
As medidas também serão adotadas para viagens da primeira-dama, Ruth Cardoso. Na sexta-feira, ela visitará o Vale do Jequitinhonha (MG).
Todas as decisões foram tomadas por determinação de Fernando Henrique.

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