São Paulo, terça-feira, 23 de maio de 1995 |
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PF tem nome de suspeito de pedradas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA AGÊNCIA FOLHA EM JOÃO PESSOA A PF (Polícia Federal) da Paraíba tem o nome do suspeito de ter apedrejado o ônibus que conduziu o presidente Fernando Henrique Cardoso e sua comitiva em Campina Grande (130 km a oeste de João Pessoa-PB) na última sexta-feira. O nome do suspeito não foi divulgado.O superintendente da PF na Paraíba, Antônio Flávio Toscano de Moura, descartou a possibilidade de o pára-brisa do ônibus ter sido atingido por um tiro. ``Houve a versão do tiro, e a perícia feita no ônibus revelou que o ônibus foi atingido por uma bola de gude, atirada de um estilingue", afirmou Moura. O resultado da perícia será divulgado hoje. O próprio Gabinete Militar da Presidência negou a existência de tiro. Toscano disse que aguarda receber hoje um relatório do 31º Batalhão de Infantaria Motorizada, de Campina Grande, sobre os tumultos promovidos pelos manifestantes. ``Vou analisar o resultado da perícia e o relatório do Exército para decidir se cabe ou não a abertura de um inquérito policial", afirmou. A CUT (Central Única dos Trabalhadores) negou a autoria das pedradas. A central credita o ato ao suposto desgaste do governo por causa das reformas. O Gabinete Militar da Presidência da República -responsável pela segurança do presidente- anunciou ontem que, a partir de sexta-feira, já entra em vigor o novo esquema de segurança do presidente Fernando Henrique Cardoso. Nesse dia, ele visita a cidade paranaense de Apucarana. As medidas a serem tomadas, antecipadas pela Folha em sua edição de sábado, são as seguintes: emprego de tropas mais especializadas, como polícias de choque, restrição a uso de carros de som, afastamento ainda maior dos manifestantes das áreas onde estará FHC, interdição de áreas, inclusive para moradores, e uso de filmadoras para posterior identificação e prisão de agressores. A alteração foi anunciada ontem pelo general Alberto Cardoso, chefe do Gabinete Militar. ``Essas medidas vêm acompanhando, infelizmente, a escalada de violência de alguns manifestantes, que, se têm reduzido em número, têm aumento em agressividade", disse. As medidas também serão adotadas para visitas feitas pela primeira-dama, Ruth Cardoso. Na mesma sexta-feira, ela visitará o Vale do Jequitinhonha, no Norte de Minas Gerais. Todas as decisões foram tomadas por determinação de FHC. ``Ele ficou indignado e determinou que continuássemos com a nossa escalada de prevenção", disse Cardoso. ``Assim, as ações e prevenções serão proporcionais às ações dos manifestantes", afirmou o general. Texto Anterior: Falta de diesel já ameaça parar ônibus em SP Próximo Texto: PT critica agressões ao presidente Índice |
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