São Paulo, terça-feira, 23 de maio de 1995![]() |
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'Achei que era uma conversa'
FERNANDA DA ESCÓSSIA
O delegado Hélio Luz, 48, preferiu não fazer muitos comentários a respeito das declarações do governador Marcello Alencar sobre sua volta à cúpula da Polícia Civil do Rio. ``Não achei que tivesse sido chamado para cargo, mas para uma conversa informal ou uma colaboração", afirmou. Luz é hoje titular da 111ª Delegacia Policial, em Sumidouro, um município de 13 mil habitantes na região serrana, a 200 quilômetros do Rio. O delegado afirmou que não tem vontade nenhuma de trocar a tranquilidade da serra pela vida tumultuada do Rio. Folha - Como foi o convite para participar da equipe da Secretaria de Segurança? Hélio Luz - Eu conversei na última sexta-feira com o secretário Nilton Cerqueira, é verdade. Mas não achei que tivesse sido chamado para cargo. Achei que era uma conversa, um pedido informal de colaboração. Folha - Que tipo de colaboração? Hélio Luz - Prefiro não fazer comentários sobre isso. É melhor deixar que o governador se pronuncie. Folha - Como é a expectativa de trabalhar com o general Cerqueira, um homem ligado à linha-dura da polícia? Hélio Luz - Eu não discuto essa questão pelo nível ideológico, mas puramente profissional. Eu sou um profissional da polícia e não tenho opção de fazer outra coisa. O general dá ordens, eu apenas cumpro. Por exemplo, se ele diz que eu tenho que sentar numa cadeira, eu sento. Folha - Mas a questão ideológica não influi no trato com a questão da segurança? Hélio Luz - Nesse caso, o que vale é o combate ao crime organizado. Já disse, vejo a questão como profissional. Folha - Como é a sua vida aí em Sumidouro? Hélio Luz - Muito boa. Não penso em sair daqui. (FE) Texto Anterior: Petista vai para a cúpula da polícia do Rio Próximo Texto: Luz denunciou policiais em 91 Índice |
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