São Paulo, quarta-feira, 24 de maio de 1995 |
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Autoridade descarta teste anti-Ébola no Brasil
PAULO SILVA PINTO
A Fundação Nacional de Saúde, vinculada ao ministério, seria responsável por trazer os exames e treinar técnicos para utilizá-los. A sugestão de se importar os exames foi definida em reunião de 15 especialistas que aconteceu segunda-feira e ontem no Ministério da Saúde, para discutir exclusivamente a possibilidade de o Ébola chegar ao Brasil. Os virologistas, epidemiologistas e infectologistas que se reuniram querem que três laboratórios sejam capacitados para fazer os exames: o Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) do Rio de Janeiro, e o Instituto Evandro Chagas, de Belém. Hoje nenhum laboratório do país é capaz de fazer detectar o Ébola. Se aparecer algum caso suspeito no país, uma amostra do sangue da pessoa vai ter que ser enviada ao exterior para confirmar o diagnóstico clínico. A importação de um exame pode demorar. O Instituto Adolfo Lutz, por exemplo, só recebeu em março último, um ano depois de requisitar, exames para detectar o hantavírus, que causa uma febre hemorrágica parecida com a doença provocada pelo Ébola. Casos em Kinshasa Autoridades zairenses informaram ontem que há duas pessoas em Kinshasa, capital do Zaire, suspeitas de estarem com o vírus. As possíveis vítimas são uma mulher e um homem. O perigo de a doença chegar a capital, com 5 milhões de habitantes, é a possibilidade de disseminação rápida do vírus, que é transmitido através de fluidos corporais contaminados e pelo ar. A Organização Mundial da Saúde manteve o número de mortos pela epidemia em 101, mas uma ordem religiosa italiana informou que uma freira morreu ontem em Kikwit, a sexta da ordem, e que outra ficou doente. Com agências internacionais Texto Anterior: CONHEÇA AS ORGANIZAÇÕES DE ESQUERDA Próximo Texto: Brito vai atacar grevistas na TV Índice |
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