São Paulo, quarta-feira, 24 de maio de 1995
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Sindicato acusa Petrobrás de usar força

ROBERTO MACHADO
DA SUCURSAL DO RIO

Os petroleiros de Macaé (188 km do Rio) estão acusando a Petrobrás de ocupar pela força duas plataformas da Bacia de Campos -maior complexo de produção de petróleo do país.
``Duas plataformas foram invadidas por engenheiros e vigilantes internos da empresa, armados, que estão exigindo que os petroleiros voltem ao trabalho ou desembarquem", afirmou Luis Carlos Mendonça, diretor do Sindipetro (Sindicato dos Petroleiros) de Macaé.
A assessoria de imprensa da Petrobrás negou a ocupação.
Segundo Mendonça, na plataforma SS-29 os vigilantes internos conseguiram fazer com que os grevistas desembarcassem e os engenheiros estariam tentando reativar a produção da plataforma.
``Esses engenheiros não estão qualificados para a tarefa. Estão correndo risco muito grande, e o risco de poluição ambiental também é grande. A plataforma SS-29 tem problemas graves e só os técnicos têm condições para operá-la", afirmou.
Na outra plataforma supostamente ocupada -a de Enchôva, a principal central de gás da bacia de Campos- os petroleiros em greve não abandonaram seus postos, segundo o sindicato.
Mendonça diz ser fundamental que os petroleiros, mesmo parados, continuem nas plataformas.
O Sindpetro está convocando para hoje manifestação em frente à sede da Rede Globo de Televisão, no Jardim Botânico (zona sul).
Segundo o diretor Emanuel Cancella são dois os motivos da manifestação: protestar contra ``o noticiário tendencioso, que joga a população contra os petroleiros" e exigir que a Globo responda a um ofício enviado pelo sindicato.
No ofício, segundo Cancella, o Sindpetro do Rio solicitava informações sobre a suposta apreensão de um carro da emissora carregado de explosivos, a cerca de 30 km da Refinaria de São José dos Campos (São Paulo), no último dia 13.

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