São Paulo, quarta-feira, 24 de maio de 1995 |
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Paulistanos são contra a paralisação
DA REPORTAGEM LOCAL A população da cidade de São Paulo não está nada satisfeita com a greve dos petroleiros.Pesquisa realizada pelo Datafolha mostra que 60% dos paulistanos são contra a greve, 21% apóiam o movimento em parte e apenas 17% apóiam totalmente. O movimento é injusto para 55% dos entrevistados e 34% disseram que a greve é justa. Quanto a ação do governo em relação aos grevistas, as opiniões se dividem: 34% disseram que ele está sendo rigoroso na medida certa, 29% que está sendo mais rigoroso do que deveria e 27% menos severo do que deveria. O levantamento foi feito no último dia 23 com 1.080 pessoas, com idade a partir de 16 anos. A pesquisa foi realizada em pontos de fluxo populacional, distribuídos segundo critérios de divisão da cidade em zonas geográficas e classificação socio econômica. Objetivos Os principais objetivos da greve dos petroleiros são políticos contra o governo de Fernando Henrique Cardoso para 53% dos entrevistados. Para 36%, os objetivos do movimento são econômicos por melhores salários. A pesquisa mostra ainda que 56% dos paulistanos acham que os dias parados devem ser descontados do salário dos grevistas, enquanto 40% entendem que eles deveriam receber normalmente. A opinião dos entrevistados sobre a decisão da Petrobrás de demitir os líderes sindicais envolvidos na greve é que eles devem ser readmitidos (52%). Para 43%, a decisão da empresa deve ser mantida. Gás Segundo o levantamento do Datafolha, 70% dos entrevistados que usam gás de botijão ainda não tiveram que enfrentar fila para conseguir o gás depois que começou essa greve e 30% já enfrentaram fila. Perguntados se já enfrentaram fila para abastecer, 75% responderam que não e 23% que já ficaram em filas para encher o tanque do seu carro. A direção do Datafolha é exercida pelos sociólogos Antonio Manuel Teixeira Mendes e Gustavo Venturi, tendo como assistentes Mauro Francisco Paulino e a estatística Renata Nunes César. A direção comercial é de Eneida Nogueira e Silva. A coordenação de campo esteve a cargo de Ailton Gobira, auxiliado por Eduardo Romano. A análise dos dados foi feita por Branca Lima auxiliada por Luciana Chong e o planejamento da amostra por Teresinha Peret. Texto Anterior: Sindicato acusa Petrobrás de usar força Próximo Texto: Manifestação de apoio reúne 6 mil no ABCD Índice |
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