São Paulo, quarta-feira, 24 de maio de 1995
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Indústrias justificam fórmulas

DA REPORTAGEM LOCAL

A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos (Abiad) informou ontem que os produtos ``diet" são fabricados para atender pessoas que sofrem algum distúrbio como diabetes, alta taxa de colesterol ou hipertensão.
Para isso, na formulação, deve-se substituir o nutriente que pode afetar essas pessoas por algum outro, sem necessidade de diminuir o valor calórico.
Um produto ``diet" pode até conter açúcar se não for para o uso de diabéticos, por exemplo.
Segundo a nutricionista da Abiad, Márcia Terra, criou-se uma imagem errada de que todos os produtos ``diet" podem ser usados em dietas de emagrecimento, porque os primeiros lançados no país -adoçantes, gelatinas e refrigerantes- realmente têm baixa caloria.
Pesquisa
Uma pesquisa do Instituto Adolfo Lutz divulgada ontem mostra que chocolates dietéticos e produtos de glutens engordam tando ou mais que os produtos convencionais.
No chocolate dietético, o açúcar é eliminado e em seu lugar é usado edulcorante (substância adoçante).
Para manter a consistência do chocolate, é necessário aumentar a quantidade de massa de cacau, que faz aumentar o teor de lipídios (gordura), segundo a pesquisadora Rejane Weissheimer de Abreu.
Um grama de açúcar tem quatro calorias. Um grama de lipídio tem nove calorias. Na substituição, aumenta-se o valor calórico.
Já os produtos de glutens devem ter maior quantidade de protídeos (proteína) e menor quantidade de carboidratos que o pão de fôrma convencional.
Como protídeos e carboidratos têm o mesmo valor calórico, não há perda de calorias. O glúten é a principal parte da proteína do trigo.

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