São Paulo, quarta-feira, 24 de maio de 1995
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Manifestação paralisa universidades de SP

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Sindicatos de professores e funcionários da Unesp, Unicamp e USP convocam uma paralisação hoje, para a realização de uma manifestação por melhores salários.
As entidades -seis ao todo- reivindicam reajustes entre 38% e 56%, dependendo da categoria.
Os funcionários tiveram o menor reajuste desde maio de 1994 (13% acima da inflação, pelo índice da Fipe) e seus sindicatos propõem entrar em greve por prazo indeterminado.
Os professores tiveram aumento real médio de 26% (também pelo índice da Fipe) desde a última data-base e decidiram só parar hoje. Amanhã, em assembléias em cada universidade, votam se mantêm o movimento.
A manifestação de hoje ocorrerá às 13h, em frente à reitoria da Unicamp, em Campinas (99 km a noroeste de São Paulo).
O reitor da Unicamp, José Martins Filho, é o atual presidente do Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas), responsável pela negociação salarial com os sindicatos.
Segundo ele, tanto os professores como os funcionários das três universidades tiveram reajustes acima da inflação no período, numa das ``melhores recuperações salariais dos últimos anos".
Por causa disso, os reitores fecharam posição em dar, este mês, 10% de reajuste para todos.
O piso salarial de um professor em dedicação exclusiva (MS-1 RDIDP) fica, com os 10%, em R$ 1.104,62. Um professor doutor ganha, também em dedicação exclusiva, no mínimo R$ 2.400,78. Um professor titular, topo da carreira, ganha R$ 3.451,12 de salário base (sem contar quinquênios e outros benefícios). A reivindicação dos professores é pelo estabelecimento de uma política salarial, com a qual os reitores se comprometam.

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