São Paulo, quarta-feira, 24 de maio de 1995
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Presos mantêm três como reféns em Assis

ULISSES DE SOUZA

ULISSES DE SOUZA; FÁBIO ZANINI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PRESIDENTE PRUDENTE

Três agentes penitenciários da Casa de Detenção de Assis (460 km de São Paulo) estavam sendo mantidos como reféns até as 23h de ontem por cerca de 500 presos rebelados. A rebelião foi iniciada às 14h de anteontem, depois que três presos renderam os funcionários na enfermaria.
O juiz-corregedor de Assis, Oswaldo Pestana, tentou negociar a libertação dos reféns. Ele chegou ao presídio às 15h e saiu às 15h20. Disse apenas que ``não tinha muita coisa a fazer".
Funcionários disseram que Pestana havia sido recusado pelos presos como mediador.
Funcionários disseram ainda que os presos pediam a presença do coordenador do sistema penitenciário, Lourival Gomes. Cerca de 50 policiais cercaram o local.
Os reféns são Luiz Wagner, Carlos Domingues e Paulo Cesar Silva. O líder da rebelião foi identificado apenas como Giovani, conhecido como ``Gaguinho".
A polícia colocou homens nas muralhas. O Comando da PM de Assis informou que sete rebelados exigem a transferência para a penitenciária de São Paulo.
A PM e a direção da penitenciária não informaram o número total de presos da Casa de Detenção.
``Não pretendemos invadir o local", afirmou o capitão Edson Moraes, da Polícia Militar. Segundo a polícia, um dos presos teria atingido o refém Paulo César da Silva com o cabo de um canivete, provocando ferimentos nas costas.

*Colaborou FÁBIO ZANINI, da Agência Folha

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