São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995 |
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HORA A HORA Anteontem Manhã A FUP (Federação Única dos Petroleiros) e a CUT (Central Única dos trabalhadores) descobrem que o governo organizava um grupo de trabalhadores, contratados junto a centros industriais petroquímicos, para assumir a operação das principais refinarias paradas. A decisão dos sindicalistas era não permitir a entrada desses trabalhadores. 10h30 O ministro do Exército, Zenildo de Lucena, vai ao Planalto e recebe o sinal verde do presidente Fernando Henrique Cardoso para preparar a ocupação das refinarias. O ministro Raimundo Brito (Minas e Energia) recebe a ordem de preparar um pronunciamento sobre a ocupação, que será veiculado no dia seguinte em cadeia nacional de rádio e televisão. 14h a 18h O ministro do Exército coordena várias reuniões com os comandos militares do Sul e Sudeste, regiões das refinarias ocupadas. 20h O sindicato dos petroleiros do Paraná recebe telefonemas anônimos avisando que o Exército deveria ocupar a Repar (Refinaria do Paraná, em Araucária). 21h O sindicato estranha a presença de funcionários da chefia na portaria da refinaria e informa a Federação Única dos Petroleiros, em Brasília. Ontem 0h30 O sindicato confirma ao comando de greve em Brasília a ocupação da Repar pelo Exército. 1h Os diretores da FUP se reúnem para discutir como reagir à ação do Exército. 2h O comando é avisado da ocupação de mais três refinarias de São Paulo e aciona os deputados federais do PT Arlindo Chinaglia (SP), Adão Pretto (RS) e Luiz Gushiken (SP). Os grevistas pedem uma nova intermediação para evitar confrontos nas refinarias ocupadas. 4h A FUP distribui um comunicado para todos os sindicatos e pede que os grevistas evitem qualquer confronto com o Exército. O documento pede também que os petroleiros permaneçam dentro das refinarias para garantir a manutenção dos equipamentos e controle da produção. 9h O senador Roberto Freire (PPS-PE) é acionado para conversar com o presidente Fernando Henrique Cardoso para tentar uma nova negociação. 12h50 O ministro Raimundo Brito diz, no pronunciamento, que a Petrobrás negocia se os grevistas interromperem a paralisação e que o Exército foi convocado para garantir a entrada de quem quer voltar ao trabalho. 14h A FUP confirma a continuidade da greve. Texto Anterior: Vicentinho pede demissão de Rennó Próximo Texto: SP e Rio têm combustível para três dias Índice |
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