São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995 |
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SP e Rio têm combustível para três dias
ROBERTO MACHADO
A Fecombustíveis reúne os sindicatos regionais de proprietários de postos de abastecimento de gasolina, álcool e óleo diesel. Cerca de 30 mil postos de abastecimento são filiados à Federação. A avaliação do presidente da entidade, Luiz Gil Siuffo Pereira, é que se as refinarias de São Paulo não voltarem a produzir a partir de hoje, os dois maiores Estados do País não terão gasolina, álcool e óleo diesel neste final de semana. As distribuidoras no Estado estão fornecendo aos postos de abastecimento de 30% a 50% da quantidade normal de combustíveis. Cerca de 30% dos postos está com falta de algum dos combustíveis. No Rio de Janeiro, houve corte de 60% nos pedidos de abastecimento dos postos. No Espírito Santo, as distribuidoras estão entregando 70% dos pedidos e os estoques disponíveis são suficientes para 48 horas. No Paraná e em Santa Catarina, as distribuidoras reduziram em 50% as entregas dos combustíveis. Nos outros Estados a situação é considerada normal pela Fecombustíveis. Gás As distribuidoras de gás de cozinha (GLP) de todo o país estão com os estoques zerados. Em Mauá (SP), houve grandes filas de consumidores durante todo o dia de ontem na distribuidora Minasgás. O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo informa que cerca de 3.500 toneladas de gás estão chegando por dia de Utinga. A distribuição vai para consumo de São Paulo, parte de Minas e região Centro-Oeste. O consumo médio diário desta região é de 6.000 toneladas. O fornecimento está atendendo apenas metade do consumo médio brasileiro, que é de 16 mil toneladas por dia. A Comgás (Companhia de Gás de São Paulo) parou de fornecer gás natural encanado a 260 indústrias localizadas na cidade de São Paulo. Normalmente a empresa abastece 300 empresas. Na segunda-feira, quando o fornecimento de gás natural pela Petrobrás caiu para apenas 600 mil metros cúbicos por dia, a Comgás fornecia para cem empresas. Agora, 40 indústrias estão recebendo o produto, ainda assim para manutenção de equipamentos, segundo Aristides Monteiro, superintendente comercial da empresa. Monteiro informou que apenas as residências e o comércio (restaurantes, hospitais etc.) continuam recebendo gás normalmente. Atualmente, a empresa fornece 22% do normal, que é de 2,7 milhões de metros cúbicos/dia. Se o fornecimento de 600 mil metros cúbicos for mantido, Monteiro disse que não faltará gás para residências e comércio. Colaborou a Reportagem Local Texto Anterior: HORA A HORA Próximo Texto: REPERCUSSÃO Índice |
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