São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995
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BC pode abrandar compulsórios hoje

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do BC (Banco Central), Pérsio Arida, anunciou ontem que o governo vai abrandar, gradualmente, os depósitos compulsórios. A consequência esperada com a medida é uma queda de juros ao consumidor.
A mudança poderá ser anunciada hoje. Os depósitos compulsórios são um instrumento que obrigam os bancos a recolher ao BC parte do dinheiro que recebem.
Os depósitos compulsórios ficaram mais punitivos em junho, com o Plano Real. No mês passado, houve um novo aperto.
Arida disse que os juros do ``overnight" (que formam as taxas das aplicações financeiras) poderão ter novas quedas durante o mês de junho -além da redução feita ontem (leia na pág. 4).
Após se reunir com o ministro Pedro Malan (Fazenda), o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Carlos Eduardo Moreira Ferreira, disse que a redução dos juros não é suficiente. Ele afirmou, porém, que saiu do encontro ``com a sensação de que o governo vai tomar as medidas necessárias."
Malan tentou convencer os empresários que não existe recessão. A Fiesp mostrou preocupação com a redução dos pedidos do comércio para a indústria e com a inadimplência. ``Isso, aliado com a queda do nível de empregos, é preocupante", disse o empresário, que completou: ``Não queremos acreditar na hipótese de uma recessão no futuro porque saímos daqui com a sensação de que o governo vai agir."
A Fiesp também pediu que o governo amplie o prazo de recolhimento do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), de 5 para 20 dias.

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