São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995 |
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Crise é maior na pequena e média indústrias
FERNANDO CANZIAN
``A atividade dos pequenos caiu 35% em maio se comparada a janeiro", diz Carlos Eduardo Uchôa Fagundes, diretor-titular do Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Dempi/Fiesp). Segundo a Fiesp, das 105 mil indústrias do Estado, 104 mil são pequenas e médias. Atualmente, as empresas conseguem captar dinheiro para investir a taxas de juro ``especiais" (chamadas TJLP) próximas de 25% ao ano. No banco, o mesmo dinheiro que seria usado para aumentar a produção pode render, no mínimo, 60% ao ano. ``Nas pequenas empresas, a decisão de comprar uma máquina depende do mercado. Se ele cai, todos desistem", diz Fagundes. ``O melhor é deixar o dinheiro aplicado no banco". Guido Pelizzari, da indústria de máquinas Irmãos Feneraro, disse que as encomendas das grandes indústrias (que representam 50% do seu faturamento de US$ 40 milhões/ano) ``continuam firmes". Hiroyuki Sato, representante na Abimaq na área de máquinas têxteis, afirma que o setor -onde a maioria é de pequenos e médios empresários- ``está entrando em crise". Mário Bernardini, vice-presidente da Abimaq, diz que, com os negócios em queda, deve ser revista a previsão do setor de faturar US$ 16 bilhões este ano. As importações devem somar US$ 5 bilhões. Segundo dados do governo, as importações de equipamentos cresceram 3,7% em abril (sobre março). Mas a Abimaq sustenta que metade do que o governo considera como ``bens de capital" é produto de informática ou máquinas para escritório. (Fcz) Texto Anterior: Arida anuncia que juros não mudam Próximo Texto: BC pode abrandar compulsórios hoje Índice |
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