São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Americanos levam muitas impressões e pouca bagagem
DANIELA ROCHA
O designer de móveis Bob Berret, 52, passou uma semana no Brasil para fechar negócios em Curitiba e Itajaí. "Só vou ao Brasil por causa do meu trabalho. Se pudesse escolher, evitaria ir para lá", afirmou. Segundo ele o motivo é um só: violência. Há 18 anos Berret viaja ao Brasil e já foi assaltado em Porto Alegre e em São Paulo, além de ter presenciado assaltos no Rio. "Minha impressão é de um país em guerra civil constante, e o governo não faz nada para mudar a situação", afirmou Berret. No Rio, ele disse que o "truque" dos trombadinhas é pedir para engraxar os sapatos. "Enquanto o turista olha os sapatos, um grupo leva o dinheiro e até o relógio." Opinião oposta tem o casal Raymound e Alberta Slavin, ambos de 64 anos, de St. Louis (Missouri). Eles passaram nove dias no país e pensam em voltar. "O Brasil é maravilhoso", afirmaram. Raymound Slavin é médico e o motivo da viagem foi um encontro profissional. O casal afirmou que a maioria dos americanos não se interessa em visitar o Brasil pela distância e porque falta informação. "Somos ignorantes sobre o Brasil. Qualquer americano que resolve viajar nas férias pensa primeiro em ir à Europa", disse Raymound. O casal diz ter adorado a culinária local e elogiou o uso de carrinhos gratuitos nos aeroportos, que nos EUA custam US$ 1,50. Texto Anterior: Argentinos descobrem o Rio de Janeiro Próximo Texto: Serviço de hotéis impressiona argentinos Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |