São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995
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Argentinos descobrem o Rio de Janeiro

SÔNIA MOSSRI

O casal Juan e Marta Beldi, que viaja pelo menos uma vez por ano ao Brasil, prefere a cidade à Florianópolis

Ele é publicitário e ela é uma psicóloga. Ambos moram em Buenos Aires e vão pelo menos duas vezes por ano ao país.
Ao contrário de grande parte dos argentinos que viajam pelo Brasil, Juan e Marta não gostam de passar suas férias em Florianópolis.
Preferem o Rio de Janeiro e Recife. Passaram dez dias deste mês no Rio. Não foram a Recife porque acharam que ``os preços estão altos".
Ambos consideram que há um certo exagero em torno da violência no Rio.
Apesar disso, o casal não usa, no Brasil, nenhuma jóia e Marta prefere deixar em casa o relógio Cartier, presente de casamento do marido.
Plano Real
A maior reclamação do casal é em relação à alta dos preços, ocorrida após o Plano Real, em julho do ano passado.
``Antes nosso dinheiro valia mais e as compras eram muitas", diz Juan.
Outra queixa dos argentinos é em relação ao alto valor das tarifas de táxis.
O casal é fã dos hotéis brasileiros. Eles geralmente fecham pacotes nas visitas ao Rio. Desta forma eles conseguem uma tarifa mais barata do que nas principais cidades de turismo na Argentina.
Cariocas
Já Lúcia Mora, secretária de uma multinacional, e Pablo Herrera, professor universitário, estiveram pela primeira vez no Brasil na primeira semana de maio.
Eles disseram que escolheram o Rio porque sempre quiseram conhecer ``os cariocas".
Lúcia achou os preços caros, mas ficou encantada com a cidade e também com a espontaneidade dos brasileiros, sobretudo nos vários barzinhos localizados à beira-mar.
Já Pablo disse que teve que ``se controlar" por causa da namorada (Lúcia) para não paquerar muito as cariocas.
Segundo ele, o que mais gostou em sua estada na cidade foram os biquínis, a caipirinha e as discotecas cariocas.
Ambos afirmam que não têm nenhuma reclamação a fazer em relação ao setor hoteleiro do Rio de Janeiro.

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