São Paulo, quinta-feira, 25 de maio de 1995
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Preços altos assustam casal

DA AGÊNCIA FOLHA

Universitário do curso de Ciências Econômicas, e funcionário de uma loja de eletrodomésticos, Estrella disse que também a qualidade da comida e o jeito ``muito amável" dos brasileiros são um diferencial em relação à o que acontece na Argentina.
Antes de conhecerem o Brasil, o que sabiam do país se resumia a informações de agências de viagem.
A cidade catarinense de Florianópolis foi a opção para a lua-de-mel, por conjugar mar, areia, montanhas e uma natureza ``hermosa" (formosa).
``Não temos nada disso. Em Mar del Plata, por exemplo, não há montanhas. A costa é aberta, a areia é de pedra e a água é gelada, mesmo no verão", diz Estrella.
Rio de Janeiro
Mônica, secretária e também universitária, afirma que só se sentiu insegura ao verificar que os motoristas de ônibus dirigem em alta velocidade, mesmo em subidas e descidas de morros.
O casal pensou em conhecer o Rio, mas acabou descartando a idéia diante da fama de violência.
A cidade tem essa imagem também no país de origem do casal, a Argentina, onde as notícias sobre os conflitos no Rio de Janeiro chegam constantemente.
Eles esperam voltar para mais uma visita ao Brasil. Ele diz que até moraria no país, porque as pessoas são simpáticas e não parecem de maneira alguma ambiciosas.
Preços
Ela não compartilha da mesma opinião sobre a simpatia do povo brasileiro. Disse não pensar em sair do lugar onde nasceu.
Ambos afirmam que as políticas governamentais nos dois países se assemelham muito. Mas diferem em relação a alguns aspectos econômicos.
Dizem que os preços no Brasil assustam. ``Como alguém vive com o salário mínimo de apenas R$ 100? A comida e as roupas são muito mais caras do que na Argentina. Os preços no Brasil estão loucos. E não apenas para os estrangeiros. Estão caros também para os brasileiros", afirmou Estrella.

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