São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 1995
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Petrobrás divulga dados sobre aumento da produção

DA SUCURSAL DO RIO; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Segundo a empresa, 2 refinarias operam com plena capacidade e 6 parcialmente
A produção de petróleo ontem foi de 270 mil barris por dia (36% do normal) e a disponibilidade de gás natural foi de 6,6 milhões de metros cúbicos (60% do normal), segundo a Petrobrás.
A empresa divulgou nota às 19h35 de ontem afirmando que as refinarias Gabriel Passos (Minas Gerais) e de Manaus (Amazonas) operam com plena capacidade.
As refinarias de Mataripe (Bahia); Capuava, Henrique Lage e Paulínia (São Paulo); Alberto Pasqualini (Rio Grande do Sul); e Duque de Caxias (Rio de Janeiro) já operam parcialmente, segundo a empresa, que promete para amanhã retomar a produção na refinaria de Araucária (Paraná).
O refino de petróleo atingiu ontem 620 mil barris por dia (40% do normal) e apenas a refinaria de Cubatão (São Paulo) permanecia parada, esclarece a nota.
Segundo a empresa, o abastecimento de gás natural continua prejudicado, mas a disponibilidade do produto deverá aumentar progressivamente a partir de amanhã.
Tropas do Exército e policiais militares ocuparam anteontem quatro refinarias para garantir a segurança dos petroleiros que queiram voltar ao trabalho, segundo o ministro das Minas e Energia, Raimundo Brito.
Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste o abastecimento de gasolina, óleo diesel e GLP (gás de cozinha) permanece restrito. As distribuidoras estão recebendo 60% das cotas normais.
A Petrobrás permanece importando gás de cozinha, gasolina e óleo diesel.
Segundo a nota da Petrobrás, ``com o aumento de carga das refinarias, tende a melhorar o abastecimento dos mercados de diesel e de nafta", mas continua ``preocupante" o atendimento dos mercados de gasolina e de gás de cozinha nas regiões Sul e Sudeste.
O presidente da Petrobrás, Joel Rennó, procurado pela Folha, não respondeu às críticas do presidente da CUT (Central única dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva.
Vicentinho afirmou que Rennó ``não tem mais nenhuma confiança dos trabalhadores da Petrobrás" e que a categoria poderia negociar o fim da greve com o governo caso Reennó fosse demitido.
O porta-voz da Presidência, Sérgio Amaral, não confirmou ontem a negociação do pagamento de dias parados e a revisão das demissões, após o fim da greve.
Disse que ``caberá à Petrobrás decidir com os petroleiros a agenda de negociações. O único limite é o da lei e da decisão judicial".
O porta-voz disse que ``a greve está claramente em declínio". A única refinaria ainda paralisada ontem seria a de Cubatão, segundo Sérgio Amaral.
A assessoria de Fernando Henrique Cardoso disse desconhecer uma eventual ocupação do Exército nesta unidade. Segundo Amaral, a refinaria de Duque de Caxias retornou ao trabalho ontem sem que fosse necessária uma ação militar.
FHC comentou ontem com assessores que o esvaziamento da greve dos petroleiros permitirá que ele viaje tranquilo hoje de manhã a Apucarana (PR), onde vai inaugurar uma vila rural.

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