São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 1995 |
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Categoria decide manter paralisação
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
Resolveu também manter o recurso contra a sentença do Tribunal Superior do Trabalho do dia 9 de maio que considerou a paralisação ilegal. O julgamento do recurso será hoje à tarde. O Conselho Consultivo da FUP é composto por diretores da federação e 21 sindicatos da base. ``Os petroleiros não têm esperanças no TST e, por isso, chegamos a levantar a hipótese de retirar o recurso. Mas não aceitamos a sentença anterior e decidimos mantê-lo", afirmou Antônio Carlos Spis, coordenador da FUP. Segundo a Folha apurou, assembléias em quatro refinarias, entre elas a de Duque de Caxias (RJ), votaram pela retirada do recurso. Alguns petroleiros consideram que ele é inútil, pois só serve para ``alimentar ilusões" no TST. Para o diretor da FUP Sérgio Pereira dos Santos, no entanto, os contatos feitos entre os petroleiros e o senador Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL) podem resultar em alguma saída para o impasse. ``No dia de hoje (ontem) serão feitas muitas tentativas para abrir negociações. Espero que haja alguma alternativa de conciliação entre as partes amanhã (hoje)", disse Sérgio. Spis afirmou que, mesmo que o julgamento do recurso seja desfavorável aos petroleiros, a greve continua. ``Se decidirmos voltar ao trabalho daqui a dez dias, por exemplo, será por opção nossa e não porque o TST mandou". Ele disse que o fato de os petroleiros estarem recebendo contracheques zerados só vai fortalecer e radicalizar a greve. Segundo Sérgio dos Santos, dos 26 petroleiros de Paulínia, em Campinas (SP) que receberam o telex da Petrobrás, nenhum voltou ao trabalho. Jegue A CUT do Distrito Federal marcou para a hora do julgamento do recurso -13h de hoje- um ato em frente ao TST, com adesão dos petroleiros. Segundo o presidente da CUT-DF, Jorge Zunga, a idéia é arrastar um jegue ao local. ``O jegue é o TST", afirmou. Notificação O presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), Clésio Andrade, entrou ontem no Tribunal de Justiça do Distrito Federal com uma notificação judicial contra a FUP, responsabilizando a entidade por eventuais danos ou prejuízos com a continuidade da greve. A notificação foi entregue ontem a Antônio Carlos Spis. Texto Anterior: Panfletos divulgam postos falsos Próximo Texto: Assaltantes invadem prédio da Petrobrás Índice |
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