São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 1995 |
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Passageiro clandestino Um dia após aparecer na TV pregando o fim da greve dos petroleiros, o sindicalista Luiz Antônio de Medeiros foi ontem ao Rio. No centro da cidade, seu carro ficou preso num engarrafamento. Logo ficou claro o motivo do trânsito interrompido: entidades sindicais e partidos faziam uma manifestação a favor dos petroleiros. Os manifestantes começaram a passar pelo carro de Medeiros. Um deles parou para ver melhor o rosto conhecido e consultou alguns colegas sobre a identidade do ocupante daquele carro. Medeiros viu que estava encrencado. Se fosse reconhecido pelos sindicalistas rivais -ainda mais depois de sua fala na TV-, sua situação complicaria. Para tirar a dúvida, um manifestante se aproximou e pediu um autógrafo a Medeiros, que, vendo a cilada, desconversou: - Mas não sou conhecido... O rapaz insistiu e Medeiros assinou o papel. O manifestante foi embora, um tanto decepcionado. No papel, estava registrado: Jonas. Era o codinome de Medeiros na época da clandestinidade. Texto Anterior: Ansiedade civil; Por dentro; A responsável; Recepção calorosa; Perfil diplomático; Zumbi; Ressaca; Quem banca; TIROTEIO Próximo Texto: Ocupação das refinarias não garante retorno ao trabalho Índice |
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