São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 1995
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Policiais negam autoria de chacina

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

Os soldados Gilberto Marques Berger e Geraldo Rodrigues afirmaram que são inocentes durante seus depoimentos no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Berger foi detido há cinco dias. Sua prisão foi mantida em sigilo. Em sua casa, foram achadas munição de armas e a carteira profissional de José Adeílton da Silva, que teria sido morto por Berger num suposto tiroteio.
Berger seria o dono do Monza usado pelos assassinos na chacina da Vila Brasilândia. O delegado Roberto Hellmeíster, do DHPP, apurou que ele vendeu esse carro cinco dias depois do crime e comprou um Escort XR-3 conversível.
Rodrigues foi preso ontem. Ele havia entregue sua pistola calibre 380 (semelhante ao 9 milímetros) ao DHPP na sexta-feira passada.
Os peritos determinaram que dessa arma saíram dez dos tiros que acertaram as vítimas da chacina -cada uma foi baleada até seis vezes.
Rodrigues trabalhava no serviço reservado do 18º Batalhão (era um dos encarregados de investigar crimes feitos pelos policias dessa unidade). Ele e Berger estão no presídio da PM, o Romão Gomes.
Essa é a segunda chacina ocorrida neste ano na zona norte em que PMs do 18º Batalhão são acusados do crime. Há um mês, o DHPP prendeu o soldado Eudes Menezes sob a acusação de matar quatro pessoas e de ferir outras quatro na Casa Verde. A Grande São Paulo teve 19 chacinas em 1995.
(MG)

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