São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 1995
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Inquérito pode ser arquivado

DA SUCURSAL DO RIO

A procuradora Adriana Carneiro, da 1ª Auditoria da Justiça Militar Federal no Rio, pediu o arquivamento do Inquérito Policial Militar que apurou supostas torturas que teriam sido cometidas por soldados do Exército no ano passado.
A decisão sobre o arquivamento será do juiz-auditor Antônio Cavalcanti Siqueira Filho. Caso discorde do parecer, Siqueira Filho poderá enviar o inquérito para a Procuradoria Geral da Justiça Militar, em Brasília, que indicará outro procurador para o caso.
As torturas teriam sido cometidas contra moradores do morro do Borel (Tijuca, zona norte do Rio), durante a primeira fase da Operação Rio -ações contra a criminalidade desenvolvidas pelas Forças Armadas e polícias civil e militar.
A procuradora afirmou que o encarregado do inquérito, coronel do Exército Moacyr Gonçalves Meirelles, não conseguiu identificar a autoria das supostas torturas. Segundo ela, uma punição só seria possível com essa identificação.
Segundo laudo do Hospital Central do Exército, as lesões sofridas pelo soldado Cláudio Rodrigues Pereira (morador do morro e detido durante a operação) foram causadas por ``tortura ou por outro meio insidioso ou cruel".
Segundo Carneiro, este e outros laudos não determinam que as lesões tenham sido causadas por soldados. ``As pessoas podem ter-se machucado antes ou mesmo ao resistir às detenções", afirmou.

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