São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 1995
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Pré-datados continuam devido à queda de venda

DA REPORTAGEM LOCAL

O varejo tradicional de São Paulo, formado pelas pequenas e médias lojas, não alterou suas práticas de vendas a prazo, apesar das medidas anticonsumo do governo e da grande quantidade de cheques sem fundos.
Pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FCESP) mostra que 64,1% dos varejistas continuam usando os mesmos instrumentos de crédito aceitos antes das medidas de contenção ao consumo de abril.
Para 32,2%, as medidas anticonsumo acarretaram mudanças nas vendas a prazo. Os cheques pré-datados representam 57,3% das vendas a prazo, porcentagem semelhante à de março (56%).
Jean Claude Silberfeld, economista da federação, conta que com a retração das vendas o comerciante prefere correr o risco da inadimplência da venda a prazo a ficar com os produtos nas prateleiras.
O refluxo nas vendas também freou a pressão de preços, segundo 58,5% dos entrevistados. Para 28,8%, continuam as pressões da indústria por reajustes.
A pesquisa, feita com cerca de 500 empresários, mostra que 51,7% deles têm recebido mais cheques sem fundos. Para 61,9%, as vendas de maio estão em patamares menores às registradas no mesmo mês de 94.

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