São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 1995
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Chineses pedem investigação de massacre de 89

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Sobreviventes do massacre da praça Tiananmen (Paz Celestial), em Pequim, pediram ontem a criação de uma comissão parlamentar para apurar quantas e quais pessoas morreram no incidente.
Em 4 de junho de 1989, tropas do governo chinês abriram fogo contra manifestantes pró-democracia acampados na praça, no centro da capital chinesa. Calcula-se que houve centenas de mortos.
O manifesto de ontem, assinado por 27 dissidentes do regime comunista, é parte das manifestações dos seis anos do confronto. Outros manifestos têm sido divulgados. Pelo menos 14 oposicionistas que os assinaram já foram presos.
Uma das petições pleiteava que o governo mudasse o veredicto de ``contra-revolucionário" dado ao protesto da praça Tiananmen.
Outro manifesto advertia para a possibilidade de repetir-se o massacre de 1989.
Um terceiro texto exigia a libertação de todos os presos políticos do país, inclusive aqueles detidos durante as manifestações de 1989.
O governo chinês disse ontem que agiu dentro da lei ao prender os signatários desses documentos. Os 27 dissidentes que se manifestaram ontem também correm o risco de prisão. Outro manifesto, com cerca de 50 assinaturas, deve ser lançado no dia 31 de maio.

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