São Paulo, domingo, 28 de maio de 1995
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Rivais se encontram nos Jardins

DANIELA FALCÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao lado dos frequentadores de casas como o Musetta ou Zoo Club, um grupo de identidade própria divide a área dos Jardins e Itaim sem causar conflito.
Em geral, se vestem de maneira pouco ortodoxa (com plumas e cores gritantes) e são adeptos do vale-tudo em várias áreas: música, sexo, cinema e bebidas.
``Tem gente que acha que os Jardins só tem mauricinho e esquece que os lugares mais interessantes e ecléticos ficam aqui também", diz Márcio Vicentini, 23, morador de Vila Mariana e estudante de moda.
``A gente atura os mauricinhos e eles nos aturam porque no fundo estamos atrás da mesma coisa: beleza e elegância", diz Rodrigo Soares, 21, colega de Vicentini.
Ana Paula Elias, 21, a Cuca, assumidamente a mais eclética do grupo, gosta de fazer tour por todas as casas do bairro.
Além de frequentar bares como o Piola e o Ritz -berço da turma cabeça dos Jardins- ela admite dar esticadas até o Gallery, predileto dos aspirantes a socialites.
``Vou em tudo quanto é canto: bares gays, bares caretas. Adoro dançar e tanto faz se é no Massivo ou no Gallery", diz Cuca.
Aos sábados, antes de ``cair na noite", os três se juntam a outros amigos e vão às pré-estréias disponíveis na cidade. ``Gosto de todos os gêneros, de Schwarzenegger a Kieslowski", diz Thaís Gusmão, 20, moradora de Interlagos e também aspirante à estilista.
A assessora de imprensa Flávia Bottino, 19, que trocou a Vila Madalena pelos bares ``cabeça" dos Jardins atrás de gente mais velha, diz que gosta de todo tipo de música, ``menos heavy metal".
Na hora de escolher o que beber também se mostra flexível: ``vou da caipirinha à champanhe, sem preconceitos".

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