São Paulo, domingo, 28 de maio de 1995
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Campanha levou auxiliar de enfermagem a largar o fumo

Tratamento incluía adesivo de nicotina e apoio psicológico

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

A auxiliar de enfermagem Maria Laerte da Silva, 39, fumava dez cigarros por dia. Em junho de 1993, decidiu procurar ajuda para largar o cigarro. Está sem fumar há quase dois anos.
Ela trabalhava em um hospital especializado em problemas cardíacos. ``Fumava escondida nos banheiros do hospital. Morria de vergonha de fumar e estar tratando de pacientes cardíacos.".
Em casa, sempre fumava perto de uma janela aberta: ``Minha mãe sofre de bronquite e meus dois filhos não suportavam o cheiro que ficava na casa."
Apesar do desejo de parar de fumar e das limitações enfrentadas em casa e no trabalho, todas as tentativas para abandonar o cigarro não tiveram sucesso.
``Parava por dois ou três dias. Depois voltava atrás e comprava mais um maço", conta.
O hospital em que Maria Laerte trabalhava organizou uma campanha para os funcionários que queriam parar de fumar.
O tratamento envolvia o uso de adesivos à base de nicotina e trabalho de orientação realizado por psicólogas. ``Nos primeiros dias foi bem difícil. Precisei de muita força de vontade."
Além de abandonar o cigarro, ela mudou seu estilo de vida. Passou a fazer ginástica aeróbica e nadar. ``Não fiquei uma chata com os fumantes. Eles têm seus motivos para fumar e sei que é difícil parar. Mas acho que vale a pena tentar", diz.
(JB)

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