São Paulo, domingo, 28 de maio de 1995 |
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Revenda VW dá até viagem a NY para desencalhar estoque
ARTHUR PEREIRA FILHO
A promoção é da concessionária Primo Rossi, de São Paulo. A oferta vale também para quem comprar outros modelos da marca -os importados Passat e Variant e os nacionais Santana, Quantum, Logus e Pointer. ``Estamos com estoque muito grande. Sem promoções não vamos conseguir vender", diz Vittorio Rossi Jr., diretor comercial da empresa. A Primo Rossi tinha sexta-feira 51 Golf em estoque. No total, a concessionária está com 102 veículos nos pátios de suas duas lojas, mais do que o dobro do normal. De janeiro a abril deste ano, conta Rossi, o estoque nunca ultrapassou 40 unidades. ``A fábrica está entregando um volume muito grande de carros importados para a rede", explica Rossi. Somente nos primeiros 20 dias de maio, a Volkswagen vendeu para as suas concessionárias 5.536 Golf. Mas para ter direito à viagem oferecida pelo Primo Rossi é preciso pagar o carro à vista e pelo preço de tabela. O Golf GL, versão básica, custa R$ 24.215,00. Quem preferir um desconto, compra o Golf por um preço até 12% menor (cerca de R$ 21.400,00). Sobram carros também nas revendas das outras marcas. Segundo a Fenabrave (associação dos concessionários), as lojas vão encerrar o mês com 90 mil veículos em estoque. ``É uma briga de foice", diz Luiz Antonio Bochio, diretor da Caraigá (revenda Volks). ``Na faixa de R$ 22 mil a R$ 23 mil, o mercado está muito competitivo", afirma Bochio. Para manter as vendas, conta, os revendedores precisam adotar estratégias ``agressivas". A Caraigá também faz promoções. O consumidor tem desconto de até 6% no Golf e ganha seguro contra roubo e incêndio.Outra concessionária, a Sopave, oferece, para quem comprar o Golf, um final de semana no hotel Copacabana Palace, no Rio, com passagens aéreas incluídas, para duas pessoas. Na rede Fiat, o estoque do Tipo, o importado mais vendido no país, chega a 5.000 unidades. ``Estamos vendendo o carro com grandes descontos e sem margem de lucro", afirma Humberto Pereira Carneiro, presidente da Abracaf (associação dos concessionários Fiat). Para diminuir os estoques, a rede chegou a fazer um acordo com a fábrica. ``Agora o carro não vem mais no `empurrômetro'. A Fiat só vai entregar o Tipo se houver pedido. Ela tem atualmente 12 mil carros em estoque no porto", diz Carneiro. Texto Anterior: Crescimento de dívida com fornecedor é maior Próximo Texto: O pescoço da sociedade civil Índice |
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