São Paulo, domingo, 28 de maio de 1995 |
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Vôlei do Brasil tenta parar a Espanha
SÉRGIO KRASELIS
O primeiro jogo aconteceu ontem à noite, no mesmo local. Conter o ataque espanhol é o principal objetivo do time comandado pelo técnico brasileiro José Roberto Guimarães. Nos treinos desta semana, ele fez várias experiências para a equipe alcançar essa meta. A principal foi deslocar o atacante Giovane para o meio da rede. ``Giovane tem uma experiência maior no bloqueio, mas não vai jogar só pelo meio", diz o técnico, que também se vale da experiência de Paulão. Com a liberação da zona de saque, a preocupação de todas as equipes está em testar novas mudanças táticas. Uma delas é o redimensionamento do bloqueio, que tem se mostrado cada vez mais um fundamento eficiente, chegando com maior rapidez ao ataque. No vôlei, o bloqueio é uma ``parede" de mãos erguidas pelos jogadores junto à rede para tentar neutralizar o ataque rival. Por isso, segundo Zé Roberto, os times têm procurado aumentar a média de altura de seus jogadores. Um dos exemplos é a seleção da China, que em 94 tinha a média de 1,94 m e em 95 soma 1,96 m (o Brasil tem a média de 1,95 m). ``Com equipes altas você ganha, como consequência, um número maior de bolas altas. Por isso, o saque tem um grande papel hoje, que é destruir a recepção do adversário", analisa o treinador. Segundo Zé Roberto, a seleção brasileira, que vem treinando desde abril, tem buscado uma sincronia entre o bloqueio e a defesa, sem esquecer o potencial de seu ataque. Mas, frisa o técnico, o time está consciente de que não pode mais apostar tudo no ataque. ``Nós começamos a confiar demais no nosso ataque e isso não é muito bom", diz o treinador. Isso, segundo ele, explica, em parte, os resultados da má campanha da equipe em 94 (terceira colocada na Liga Mundial e quinta no Mundial da Grécia). Zé Roberto afirma que a seleção, hoje, trabalha para recuperar o melhor de seu jogo. ``Para voltarmos a mostrar o mesmo vôlei, todos precisam melhorar a concentração, o rendimento global em todos os fundamentos e, aí sim, fazer aquilo que é a nossa marca característica: voltar a atacar", diz Zé Roberto. A seleção brasileira viaja na próxima terça-feira para os EUA, onde enfrenta a seleção norte-americana na sexta-feira e sábado. NA TV Bandeirantes, ao vivo, às 16h Os ingressos para Brasil x Espanha custam R$ 10,00 (arquibancada), R$ 20,00 (cadeira superior) e R$ 30,00 (cadeira pista) e estão à venda nas bilheterias do Ibirapuera a partir das 8h Texto Anterior: Fábio Augusto e Luizão reforçam o Guarani Próximo Texto: Spurs vai a Houston e `desconta' derrota Índice |
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