São Paulo, domingo, 28 de maio de 1995 |
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os velhos baianos e as novas cabrochas
SÉRGIO DÁVILA os velhos baianos eas novas cabrochas O Brasil está na moda. "Ser brasileiro não é mais ter um jeitinho", declara Moraes Moreira. "É ter um jeito". Moreira vem de lançar o belo disco "O Brasil Tem Concerto". Entre outras coisas, faz com "Isto Aqui o que É", de Ary Barroso, o impossível: uma leitura que desufaniza a música, sem descaracterizá-la. Vende. Mais? Marisa Monte deixa a pose em casa e mostra, em seu show "Verde Anil Amarelo Cor-de-Rosa e Carvão", com quantos requebros se faz uma pós-cabroxa. Tem berimbau e cuíca, mas não é para turista. O cinema? Em tempos de Carlota, Caetano vai de acordeom na trilha de "O Quatrilho", de Fábio Barreto, Cacá Diegues chama Ocimar Versolatto de Paris e Sonia Braga de Nova York para abrasileirar "Tieta". O Anexo do Banco Nacional reinstaura "Macunaíma" e "Deus e O Diabo na Terra do Sol". Tem filas. Na dança, o Cisne Negro anuncia opção preferencial por coreógrafos nativos. À frente da barafunda, o nero Darcy Ribeiro jorra letras para sua Roma tardia. Sejamos neotropicalistas: cadê? Texto Anterior: caretas do Brasil Próximo Texto: IDENTIDADES Índice |
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