São Paulo, segunda-feira, 29 de maio de 1995
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Vazão do São Francisco atinge terceira menor marca do século

ARI CIPOLA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

A vazão do rio São Francisco atingiu sua terceira marca mais baixa neste século e reduziu para 52% o volume de água armazenada no lago da usina de Sobradinho (BA). A informação é da Chesf (Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco).
Em 1988, quando o lago de Sobradinho ficou no mesmo nível que está hoje, a região Nordeste enfrentou racionamento de energia. Neste mês, o nível do lago deveria estar no seu ponto mais alto.
O volume de água (vazão) do São Francisco que atualmente chega a Sobradinho é de 1.600 m3/s. Sobradinho é o lago que regula a água enviada para as outras usinas do sistema.
Composto pelas hidrelétricas de Sobradinho, Itaparica, Moxotó, Paulo Afonso (quatro usinas) e Xingó, o sistema necessita de uma vazão de 2.200 m3/s para operar em condições normais.
``Se os dois geradores de Xingó não estivessem operando, o racionamento de energia já teria começado", afirmou o presidente da Chesf, Sérgio Moreira.
A segunda turbina de Xingó foi inaugurada há dez dias pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. Cada uma das turbinas de Xingó tem capacidade para abastecer 2,5 milhões de habitantes, o equivalente à população da região metropolitana de Recife (PE).
A falta de chuvas entre novembro e abril em Minas Gerais provocou a queda do nível do lago.
Minas é o Estado que mais fornece água para o São Francisco. A maioria dos afluentes do rio estão em Minas Gerais.
Segundo a Chesf, se as chuvas do próximo verão em Minas forem insuficientes para encher o lago de Sobradinho e a empresa não inaugurar -como está previsto- a terceira turbina de Xingó, em novembro, o Nordeste corre risco de ter energia racionada em 96.

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