São Paulo, segunda-feira, 29 de maio de 1995
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Turistas 'invadem praia' de milionários em Monte Carlo

JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
DO ENVIADO A MÔNACO

Por mais perigoso e confuso que seja, o GP de Mônaco nunca sairá do calendário da F-1. Mas não é só a enorme tradição da corrida que causa essa situação exclusiva.
A corrida, realizada nas estreitas ruas do principado, é uma das poucas oportunidades que os fãs do automobilismo têm para entrar em contato direto com os pilotos.
A temporada de caça de autógrafos tem seu ponto alto em Mônaco, já que a simples ação de atravessar a rua é suficiente para se topar com alguma celebridade.
E elas não são poucas e não se resumem à categoria piloto de F-1. O número de esportistas que moram em Mônaco é enorme. Do tenista alemão Boris Becker ao golfista espanhol Severiano Ballesteros, muitos fixaram residência no principado para manter seus prêmios longe do fisco de seus países.
Toda esta constelação e a privilegiada localização à beira do Mediterrâneo atraem turistas de todas as partes. Alguns vêm de ônibus, outros de iate, como o proprietário do San Antonio Spurs, equipe da NBA, uns dos que desembolsaram cerca de US$ 100 mil para alugar uma vaga, por uma semana, na marina de Monte Carlo.
Quem veio de ônibus, se contentou com um lugar nas encostas dos morros, que, apesar de não contar com muito luxo, sai bem mais barato -sim, paga-se ingresso para sentar lá.
E a falta de espaço e a improvisação são dificuldades superadas graças a uma razoável organização e, principalmente, pela mentalidade do próprio público.
Um exemplo são os enormes congestionamentos que acontecem nas ruas de Monte Carlo, causados pela absurda quantidade de carros, além dos diversos bloqueios feitos no trânsito para viabilizar a prova.
Apesar de gastar até duas horas para atravessar menos de um quilômetro de cidade, ninguém utiliza a buzina ou tenta fugas pelo acostamento.
(JHM)

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