São Paulo, segunda-feira, 29 de maio de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Maria Mariana publica novo livro e o titã Tony Belloto lança policial

DA REPORTAGEM LOCAL; FREE-LANCE PARA A FOLHA

Dois livros escritos por artistas famosos entre os adolescentes têm lançamento quase simultâneo este mês.
O primeiro é ``Cara Metade", da atriz e dublê de escritora Maria Mariana, 22. A menina escreveu com seu marido, o baterista Galli, 26, uma tipo de guia para casais modernos, que é lançado pela editora Relume Dumará.
O outro pop star a se aventurar agora na literatura é mais inusitado: Tony Belloto, 34, guitarrista dos Titãs. Ele escreveu ``Bellini e a Esfinge", um romance policial, lançado pela editora Companhia das Letras.
O livro de Maria Mariana e Galli é uma coletânea de textos que os dois escrevem na revista ``Capricho".
Os textos são poemas, conversas de Galli e Mariana e confissões de situações amorosas dos dois, vividas em conjunto ou não.
O livro é cheio de ilustrações e de frases destacadas, como uma agenda de menina caprichosa.
Galli e Mariana definem ``Cara-Metade" -primeiro trabalho que realizam de par- como ágil, bonito e divertido, mas sem grandes pretensões.
``Não é um livro para fazer a cabeça de ninguém", diz Galli. ``Mas se tem que ter uma mensagem, a nossa é: acreditem no amor!".
Mariana diz que o livro é ingênuo, feito para uma geração que viu a falência do casamento e que por isso prefere não apostar em uma relação séria.
``As pessoas nos dizem que somos novos, por isso ainda acreditamos que duas pessoas podem envelhecer juntas e se amando. Pode ser, mas em vez de ficar com medo, resolvemos arriscar", diz Mariana.
A praia de Tony Belloto é outra. Seu livro ``Bellini e a Esfinge" é cheio de referências ao submundo paulistano e a problemas existenciais.
O personagem principal, Bellini, é um detetive particular solitário. Ele, é claro, tem um difícil enigma para resolver.
Servem de cenário para a trama os inferninhos da rua Augusta e o parque Trianon (ambos na região central).
Segundo Belloto, a idéia foi escrever um livro policial adequado à realidade brasileira.
``Escrevi uma coisa que tem a ver com as minhas vivências. A cidade de São Paulo funciona como um personagem à parte."
O autor conta que sempre gostou de ler e escrever. ``Lançar um livro sempre foi um plano meu. Só que achava que tinha que estar mais velho, com mais vivências acumuladas", diz.
Quando fez 32 anos, tomou coragem. ``Comecei a pensar na trama durante a última turnê dos Titãs", diz.

Texto Anterior: Vestibular não sofre mudanças
Próximo Texto: Modelos deixa escola para seguir carreira
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.