São Paulo, quarta-feira, 31 de maio de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ateliê deu origem a fundação

LUÍS ANTONIO GIRON
DA REPORTAGEM LOCAL

Miró afirmava que sua obra era uma reação contra a depressão de que padecia desde a juventude. Poucas vezes uma moléstia produziu tanto, e com tanta alegria.
A Fundação Pillar e Joan Miró de Maiorca, criada em 1981, é um dos resultados da atividade do artista, capaz de trabalhar até 18 horas por dia, produzindo simultaneamente várias obras nas mais variadas técnicas.
Miró se fixou em Maiorca em 1956, depois de se projetar internacionalmente. Na ilha, achou algum sossego para dar conta das crescentes encomendas do mundo todo. Enriqueceu. Mandou construir um estúdio no topo de um monte, com vista para uma baía, e comprou uma casa do século 18, onde criou um ateliê de cerâmica. Nos anos 80, o arquiteto espanhol Rafael Moneo construiu o espaço de exposição, em forma de estrela, um dos temas recorrentes de Miró.
Os três prédios formam o ``território de Miró", como é conhecido na ilha. Na casa antiga ainda funcionam oficinas de cerâmica. O estúdio e a ``estrela" abrigam exposições temáticas temporárias e um centro de pesquisas.
A instituição é ligada à administração da cidade de Palma de Maiorca e difere da Fundação Miró de Barcelona. Enquanto esta exibe o acervo mais conhecido da obra do artista, abarcando as décadas de 20 a 50, aquela guarda sua produção tardia e seu espólio.
Além do material de trabalho e os objetos pessoais de Miró, o ``território" ainda dispõe de obras não-catalogadas, que vai revelando de tempos em tempos. (LAG)

Texto Anterior: Gravuras fazem sucesso no Rio
Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.