São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995
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Categorias fazem atos de apoio

DA SUCURSAL DO RIO; DAS REGIONAIS

Várias categorias de trabalhadores fizeram ontem atos de apoio à greve dos petroleiros, que entra hoje em seu 30º dia.
No Rio, metalúrgicos, professores, estudantes, rodoviários e dirigentes das centrais sindicais CUT (Central Única dos Trabalhadores) e CGT (Central Geral dos Trabalhadores) participaram ontem de um ``abraço simbólico" à Reduc (Refinaria Duque de Caxias).
Eles assistiram à assembléia dos petroleiros e depois deram-se as mãos, fazendo um grande círculo diante da refinaria.
Com os braços erguidos, os manifestantes gritaram palavras de ordem a favor da greve.
Cerca de 1.500 pessoas, entre petroleiros e outros profissionais, compareceram à manifestação, segundo os organizadores. A Polícia Militar confirmou a avaliação.
Em São José do Rio Preto (451 km a noroeste de São Paulo), eletricitários fizeram ontem doações em dinheiro para o fundo de caixa dos petroleiros em greve em nove das dez refinarias do país.
A arrecadação foi feita por sindicalistas na saída dos quatro prédios da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz).
Em São José dos Campos (97 km a nordeste de SP), diretores da subsede estadual da CUT também começaram a arrecadar dinheiro para os petroleiros.
Eles pretendem arrecadar R$ 1 de cada trabalhador e prevêem conseguir R$ 20 mil na cidade.
Ontem, os diretores estiveram na fábrica da Philips. Cerca de cem pessoas participaram da manifestação de apoio aos petroleiros.
Em Diadema (15 km ao sul de SP), no largo de Piraporinha, cerca de 4.000 metalúrgicos fizeram ontem, às 8h, uma manifestação em apoio à paralisação.
O ato atrasou em duas horas e meia a entrada nas fábricas e reuniu trabalhadores de São Bernardo e Diadema.
Participaram da manifestação empregados da Schuller, Tamet, Commander, Indebrás, Villares, Inca, Sachs, Toyota, Arteb, Krones e Cutler Hammer.
Diego Hernandes, diretor do Sindicato dos Petroleiros de Mauá, disse no ato que os petroleiros só voltam ao trabalho quando houver acordo firmado com o governo.
José de Filippi Júnior (PT), prefeito de Diadema, afirmou que ``os petroleiros é que estão batendo na porta para negociar com o presidente".
Heiguiberto Navarro, o Guiba, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABCD, afirmou que o governo não vai ``acabar a greve na porrada e na polícia". Segundo ele, montou-se uma ``indústria de destruição da CUT".

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