São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995
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Pela 1ª vez, governo admite rever demissões

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pela primeira vez, o governo anunciou oficialmente a disposição de rever as demissões dos grevistas da Petrobrás.
O porta-voz da Presidência, Sérgio Amaral, disse ontem que ``o governo não interferirá na decisão da Petrobrás de considerar este assunto, uma vez que haja a volta dos grevistas".
Segundo ele, a Petrobrás ``poderá decidir pela inclusão deste tema" em uma agenda de negociações, após o retorno ao trabalho.
Amaral reafirmou ontem ameaça de demissão por abandono do emprego, mas disse que o governo espera evitar esta medida com a volta dos petroleiros ao trabalho.
A greve completa hoje 30 dias. A falta ao trabalho durante 30 dias consecutivos pode caracterizar o abandono do emprego, autorizando a demissão por justa causa.
Sérgio Amaral disse não saber se a Petrobrás considera a hipótese de demissão em massa.
O porta-voz do governo disse que o porto de Santos (SP) recebeu ontem um carregamento de gás de cozinha importado, que foi transportado ontem mesmo para São Paulo -por caminhão. Anunciou também a retomada da produção de gás e de gasolina na refinaria de Paulínia, como medidas do governo para melhorar o abastecimento.
Segundo Amaral, FHC solicitou à Petrobrás, por intermédio do ministro Raimundo Brito (Minas e Energia), que se empenhe para reduzir os problemas de abastecimento. Ele citou especificamente as dificuldades em São Paulo.
Falando em nome de FHC, ele cobrou dos grevistas a garantia do abastecimento. ``O governo lembra que os sindicatos não estão cumprindo o compromisso de assegurar o suprimento da população".

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