São Paulo, quinta-feira, 1 de junho de 1995 |
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O erário Quando morava no Acre, onde energia elétrica é ainda quase um artigo de luxo, a senadora Marina Silva (PT-AC), todas as noites, apagava as luzes das salas vazias e dos dois quartos onde dormiam seus filhos Moara, Maiara, Shalum e Danilo. Ao mudar, em fevereiro passado, para o apartamento funcional em Brasília, com os quatro filhos, Marina continuou seguindo a receita. Mas as crianças, entusiasmadas com a nova casa, resolveram mudar a regra. Quase rotina, deixavam as luzes dos quartos acesas, após se recolherem, o que obrigou a senadora a uma atitude enérgica. - Não podemos desperdiçar os recursos do erário -disse Marina, numa reunião familiar. Perplexos, os filhos passaram a apagar as luzes antes de dormir. Dias depois, a filha Moara, de cinco anos, decidiu reagir: - Mamãe, eu não quero mais ficar aqui. Vamos voltar para o Acre. - Mas por que, minha filha? - Ah, porque esse tal de erário é muito chato. Texto Anterior: Fábrica de notícias; O troco; Fumaça; Emergência; Apagando incêndio; Tempo curto; Lupa Próximo Texto: Arida pede demissão do BC; Gustavo Loyola vai assumir Índice |
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